sábado, 11 de julho de 2009

2 - Identidade Social na Adolescência - Reflexão e Intervenções

Reflexão




Nesta segunda actividade, o nosso objectivo foi o de analisar o processo de construção da identidade durante o período da adolescência, através da síntese de três textos:

Recursos de Aprendizagem:
Huffaker, D.; Calvert, S. (2008). Gender, Identity and Language Use in Teenage Blogs. In Journal of Computater-Mediated Comunication, 10 (2), article 1.
Schmitt, K.; Dayanim, S.; & Matthias, S. (2008). Personal Homepage Construction as an Expression of Social Development. In Development Psychology, 44 (2), 496-506.

Recurso Complementar
Schoen-Ferreira, T.; Aznar-Faria, M.; Silvares, E. (2003). A construção da identidade em adolescentes: Um estudo exploratório. In Estudos de Psicologia, 8 (1), 107-115.

Assim, partiu-se da caracterização da adolescência, com menção a teorias do desenvolvimento, como por exemplo a referência a Erikson (1972), na descrição das várias etapas da vida. Verificou-se que a internet assume um aspecto muito importante na vida dos adolescentes, no entanto há que estar em alerta para os perigos que podem advir de uma exposição inadvertida. Foi ainda referida a forma de escrita dos jovens em suporte digital, parecendo-me que, dependendo dos contextos, os jovens a usam de forma mais livre ou mais formal.

Seleccionei duas intervenções elaboradas por mim, uma vez que abordam as temáticas propostas para esta 2ªactividade.

Intervenção I


Olá,

Seguindo o que foi dito...

A adolescência pode ser caracterizada como uma fase da vida onde ocorrem alterações físicas, psíquicas e sociais significativas na construção da identidade. Assim, o jovem tende a procurar saber “Quem sou eu?”, olhando à sua volta. A família é a primeira referência que aparece e, embora nesta fase o jovem tenda a distanciar-se sobretudo dos pais, com o sentido de encontrar o seu lugar, os valores incutidos pela família desde que nasceu, prevalecem de alguma forma na sua mente. Se a sua família está estruturada, possivelmente será sempre um “porto seguro”, mas se isso não acontece, terá de continuar à procura de valores, crenças, através de outras referências. É, muitas vezes, através dos seus pares que o jovem encontra, ou pensa que encontra o seu lugar. “ Na contemporaneidade essas relações, muitas vezes, são estabelecidas ou reafirmadas no ciberespaço que, segundo Lévy (1999), é o novo ambiente de sociabilidade e arranjo social, mas também novo espaço da informação e do conhecimento: o local onde surgem as tecnologias digitais”, in Santana (2006).

De acordo com o Glossário Terminológico de Psicologia SociaI, “Identidade social refere-se ao aspecto "nós" do nosso auto-conceito que depende do nosso sentido de pertença a um determinado grupo social. É assim uma forma particular de representação social que serve de mediador na relação entre o indivíduo e o mundo social. As funções da identidade social incluem o enquadramento da pessoa no ambiente social, a comunicação das posições pessoais e o estabelecimento de relações com os outros (reconhecimento social).”

As novas tecnologias surgem então como representação social na medida em que o adolescente de hoje beneficiará (se usado com “conta, peso e medida”) de mais meios de socialização e, consequentemente, de conhecimento. Este “novo” meio de socialização traz consigo uma panóplia de oportunidades, uma vez que o jovem pode assumir diferentes papéis (embora de acordo com Huffaker, Calvert e Gender (2008), a maior parte dos jovens disponibilizam os seus dados pessoais, muitas vezes dando também a sua indicação de localização geográfica), de forma a responder a questões de identidade, quer pessoal, quer sexual, quer social, entre outras.

Os jovens de hoje procuram responder às mesmas questões que nós, enquanto adolescentes também gostaríamos de ver respondidas. Se as informações da família não são suficientes, ou são postas em causa, há que encontrar referentes noutro lado. Os amigos, os pares serão a escolha óbvia. Mas tanto cara-a-cara, como através do computador, os perigos podem surgir, pois a vida virtual não é mais que uma extensão da vida real. Não descurando as oportunidades que existem através das novas tecnologias, dada a possibilidade de “vestir diferentes roupagens”, há que alertar o jovem para os diferentes perigos, quer reais quer virtuais, há que munir o adolescente de informações sobre o que o rodeia, para ele próprio se poder defender.

Deve ser referido que no estudo de Schmitt, Dayanim & Matthias (2008) o s resultados indicam que os jovens estão a criar páginas pessoais e blogues. Os jovens que o fazem, sentem que foram bem sucedidos (maestria) e que usam estes espaços para expressar a sua identidade. É também demonstrado que os jovens desejam sociabilizar com diferentes tipos de pessoas das que habitualmente convive. Daqui se verifica que o período de adolescência continua a ser um período de experimentação que pode ser positivo. Com o acesso às novas tecnologias, o jovem que é bem sucedido na criação de uma página pessoal, de um blog, sentir-se-á com maior auto-estima e isso poderá reforçar a passagem por este processo até chegar à idade adulta.


Margarida

Intervenção II


A adolescência pode ser caracterizada como uma fase da vida onde ocorrem alterações físicas, psíquicas e sociais significativas na construção da identidade. Assim, o jovem tende a procurar saber “Quem sou eu?”, olhando à sua volta. A família é a primeira referência que aparece e, embora nesta fase o jovem tenda a distanciar-se sobretudo dos pais, com o sentido de encontrar o seu lugar, os valores incutidos pela família desde que nasceu, prevalecem de alguma forma na sua mente. Se a sua família está estruturada, possivelmente será sempre um “porto seguro”, mas se isso não acontece, terá de continuar à procura de valores, crenças, através de outras referências. É, muitas vezes, através dos seus pares que o jovem encontra, ou pensa que encontra o seu lugar. “ Na contemporaneidade essas relações, muitas vezes, são estabelecidas ou reafirmadas no ciberespaço que, segundo Lévy (1999), é o novo ambiente de sociabilidade e arranjo social, mas também novo espaço da informação e do conhecimento: o local onde surgem as tecnologias digitais”, in Santana (2006).
De acordo com o Glossário Terminológico de Psicologia Social(w3.ualg.pt/~jfarinha/activ_docente/psicologia%20social/glossario/glossario.htm#Auto-conceito), “Identidade social" refere-se ao aspecto "nós" do nosso auto-conceito que depende do nosso sentido de pertença a um determinado grupo social. É assim uma forma particular de representação social que serve de mediador na relação entre o indivíduo e o mundo social. As funções da identidade social incluem o enquadramento da pessoa no ambiente social, a comunicação das posições pessoais e o estabelecimento de relações com os outros (reconhecimento social).”

As novas tecnologias surgem então como representação social na medida em que o adolescente de hoje beneficiará (se usado com “conta, peso e medida”) de mais meios de socialização e, consequentemente, de conhecimento. Este “novo” meio de socialização traz consigo uma panóplia de oportunidades, uma vez que o jovem pode assumir diferentes papéis (embora de acordo com Huffaker, Calvert e Gender (2008), a maior parte dos jovens disponibilizam os seus dados pessoais, muitas vezes dando também a sua indicação de localização geográfica), de forma a responder a questões de identidade, quer pessoal, quer sexual, quer social, entre outras.

Os jovens de hoje procuram responder às mesmas questões que nós, enquanto adolescentes também gostaríamos de ver respondidas. Se as informações da família não são suficientes, ou são postas em causa, há que encontrar referentes noutro lado. Os amigos, os pares serão a escolha óbvia. Mas tanto cara-a-cara, como através do computador, os perigos podem surgir, pois a vida virtual não é mais que uma extensão da vida real. Não descurando as oportunidades que existem através das novas tecnologias, dada a possibilidade de “vestir diferentes roupagens”, há que alertar o jovem para os diferentes perigos, quer reais quer virtuais, há que munir o adolescente de informações sobre o que o rodeia, para ele próprio se poder defender.
Deve ser referido que no estudo de Schmitt, Dayanim & Matthias (2008) o s resultados indicam que os jovens estão a criar páginas pessoais e blogues. Os jovens que o fazem, sentem que foram bem sucedidos (maestria) e que usam estes espaços para expressar a sua identidade. É também demonstrado que os jovens desejam sociabilizar com diferentes tipos de pessoas das que habitualmente convive. Daqui se verifica que o período de adolescência continua a ser um período de experimentação que pode ser positivo. Com o acesso às novas tecnologias, o jovem que é bem sucedido na criação de uma página pessoal, de um blog, sentir-se-á com maior auto-estima e isso poderá reforçar a passagem por este processo até chegar à idade adulta.
Margarida

Sem comentários:

Enviar um comentário